Os dois conflitos mundiais prejudicaram sobretudo a Europa, principalmente por ela ter sido o palco destas duas guerras. As guerras trouxeram elevados números de morte, destruição e fome, o que representou num grande entrave económico europeu. Neste sentido, os líderes europeus consideraram que seria através da colaboração para objectivos comuns, e não pela competitividade marcada pelos nacionalismo de outrora, que poderiam combater a crise existente.
No entanto, esta nova colaboração também visava melhorar as relações entre os países europeus para garantir a segurança e a paz e, consequentemente, restabelecer a influência política.
Poderemos considerar como o primeiro passo para esta nova política europeia a "Declaração de Schuman"(1950), em que ficara estipulada a cooperação no domínio da produção do carvão e do aço entre a Alemanha e a França. Recorde-se que os territórios da Alsácia-Lourena, ricos nestes dois materiais, tinham sido, em parte, causa das duas grandes guerras. O carvão enquanto alto recurso energético e o aço enquanto matéria-prima para armamento bélico. É natural, portanto, que esta declaração também tivesse em vista apaziguar a França que tanto desconfiava da vizinha e rival Alemanha.
Esta tendência de inter-ajuda foi reforçada quando em 1951 é criada a CECA (comunidade europeia do carvão e do aço), tendo como países fundadores a França, Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Esta organização representava das estratégias: Uma económica, para a revitalização da indústria; e outra política, pois viu-se que o melhoramento das relações económicas conduziria ao melhoramento das relações políticas, e por isso, a uma estabilidade maior.
Em 1957, alargam-se os campos desta instituição com a assinatura do Tratado de Roma. A CECA passou para CEE (comunidade económica europeia), tendo-se criado um mercado comum de livre circulação de trabalhadores, capitais, produtos e de serviços (nomeadamente os transportes, o sector agrícola e energético). Para o sector energético criou-se outra instituição chamada EURATOM, com destino à regulamentação e cooperação na gestão da energia atómica. O Mercado Comum viu-se concretizado com a criação de uma Pauta Aduaneira que propunha uma taxa igualitária aplicada a todas as trocas comerciais entre os países comunitários e terceiros. Mais uma vez, esta mediada viabilizava uma concorrência económica aos EUA e consolidar o a Europa, dando segurança relativamente à Alemanha e à URSS.
O sucesso foi tão marcante, que em 1976 mais 3 países se integraram na CEE, referindo-me à Dinamarca, Irlanda e Reino Unido.
A Europa acabava de entrar na estrada ao progresso.
Esqueci-me de falar nos órgãos funcionários (PAC) e supranacionais.
ResponderEliminarA criação do Acto Único Europeu via como objectivos aprofundar e alargar as relações entre os estados-membros, através de um conjunto de requisitos para pertencer à Organização, como por exemplo : um regime democrático, um X número de Cidades, taxas de emprego e alfabetização altas. (exemplos dados pela professora)